Aos 87 anos, Leonita Martins Bacelar deixa uma história nas páginas do pioneirismo em Juína e Castanheira. 3n5x2l
Uma das dádivas nem sempre lembradas, o envelhecer, foi um dos privilégios desfrutados por Leonita Martins Bacelar. Como a Bíblia registra dos anteados, ela morreu em ditosa velhice, na manhã desta sexta-feira, 07, no Hospital São Lucas, em Juína.
Cumpre-se em sua história o conceito segundo o qual a idade não traz apenas rugas, mas também histórias e sabedoria. Da ultima para a primeira, nunca deixou de transmitir conhecimentos de sua fé aos filhos, netos e bisnetos. Das histórias, esses vão sempre se lembrar, como uma das referências de encantamento.
De uma família de 7 irmãos, teve origem em Alegre, Espírito Santo. O nome de sua terra traduz um dos jeitos pelo qual será sempre lembrada. E pelo carinho na relação com as flores de seu jardim, as comidas que costumava fazer e no cantarolar de seus hinos prediletos, principalmente o “Foi na Cruz”.
Lembrada como Nita por alguns dos 6 filhos, construiu com o esposo, Joviano Brito Bacelar, falecido há 12 anos, e morador por muito tempo na linha “um meia dois”, uma família grandiosa, ligada as tradições adventistas, composta de 21 netos e 17 bisnetos.
Na Casa da Saudade, onde acontecem as despedidas até às 10 horas deste sábado, 08, muitos citaram, entre as lembranças, a gostosuras dos pratos que gostava de cozinhar, para recebê-los. Mas, nada se comparava ao bolinho de polvilho feito por suas mãos.
Leonita e família chegaram a região noroeste de Mato Grosso, vindos de Guaira (PR), em seus primórdios, no final da década de 70, quando as primeiras levas de pioneiros chegavam a Juína, atraídos pelas notícias de um novo Eldorado. Deslocaram-se para Castanheira ainda nos tempos de distrito.
Ao Castanheira News o filho Zequiel, morador do Vale do Seringal, destacou a empatia como marca distintiva. “Era muito querida por todos”, segundo ele. Maria, também contada entre os filhos, o fato de “tê-los ensinados no caminho do Senhor”, singularizando a partilha da fé. De Zilda recebemos a informação sobre a prática de contar histórias, despertando o lúdico nos pequeninos.
O Castanheira News solidariza-se com seus familiares, irmãos de fé e amigos, pela perda que insere mais um nome no livro das memórias. Alegra-se, contudo, pela constatação de que muitas sementes do amor, graça e solidariedade foram plantadas. O futuro certamente agradece!
Zileide dos Santos Queiroz 713g5i
É com muito pesar e tristeza despedimos.e pedimos que Deus os conforte e forças a toda a família...