Evangélicos crescem no Brasil, mas a que custo? A distorção da fé que os números não contam! 356a3w
Os dados recentes do IBGE sobre religiosidade no país revelam um cenário que muitos celebram com euforia: os evangélicos atingiram o maior crescimento já registrado no país, enquanto os católicos seguem em declínio. Mas, por trás dos números, esconde-se uma realidade perturbadora — uma "vitória" que pode ser, na verdade, uma derrota disfarçada.
A estatística agrupa sob o rótulo de "evangélicos" uma miríade de grupos, muitos deles historicamente vistos como seitas, fruto da fragmentação do protestantismo. A cada dia, surge uma nova "denominação", muitas vezes incorporando doutrinas e práticas que beiram o absurdo. Como bem observou um teólogo: "Nem tudo que se chama ‘evangélico’ carrega o DNA da Reforma."
Sim, houve crescimento. Mas será que os 26,9% declarados representam de fato cristãos comprometidos com os fundamentos históricos da fé? Ou será que, na ânsia de inflar números e alimentar polarizações ("quem é mais forte?"), abraçamos como "evangélicos" movimentos que jamais deveriam ser vistos como tal?
Os dados não deveriam ser motivo de orgulho, mas de reflexão — quiçá de lamento. Perguntas incômodas ecoam: "Onde foi que erramos?" "Como chegamos a isso?" Basta olhar para o cenário atual: liturgias bizarras, pregações "ao gosto do cliente" (como aponta a Ciência da Religião), cultos transformados em espetáculos, líderes ávidos por poder — não por piedade — e uma teologia distorcida que trata a Casa de Deus como propriedade particular.
Será que as pesquisas não deveriam ir além dos números e questionar: O que realmente define um evangélico? Se o critério fosse a fidelidade às Escrituras e à tradição reformada, talvez os mesmos 26,9% não causassem euforia, mas lágrimas. Como disse um pensador cristão: "Tamanha multidão hoje não tem o poder de influenciar o mundo como, em tempos de pequenez, aconteceu." Afinal, o grupo que mais impactou o cristianismo genuíno era formado por apenas doze homens.